FALSO. A prioridade no tratamento das feridas é mantê-las limpas, sem microrganismos e protegidas. A teoria da cicatrização em meio húmido de Winter, dos anos 60, provou que as feridas cicatrizam mais rápida e eficazmente em ambiente húmido pelo que não devem ser deixadas ao ar até estarem completamente cicatrizadas.
2. A CROSTA É POSITIVA PARA A FERIDA.
FALSO. A crosta desenvolve-se quando o leito da ferida seca, e impede e dificulta as células formadas de cobrir a ferida. Por outro lado, acumula tecido não viável e bactérias que atrasam a cicatrização e podem provocar infeção. Nesse sentido, deverá evitar-se a formação da crosta, mantendo um ambiente húmido e protegendo a ferida com um penso apropriado.
3. QUANTO MAIS PROFUNDA A FERIDA MAIS DOLOROSA É.
FALSO. É precisamente o contrário, devido ao elevado número de fibras nervosas localizadas abaixo da epiderme (camada mais superficial da pele). Feridas não profundas como abrasões ou queimaduras são mais dolorosas que feridas profundas.
4. As feridas pequenas não precisam de penso.
FALSO. Mesmo as pequenas feridas necessitam de ser protegidas com um penso que mantenha o ambiente húmido.
5. Deve utilizar-se algodão na limpeza da ferida.
FALSO. O algodão liberta pequenas fibras difíceis de remover quando a ferida inicia o seu processo de cicatrização.
6. A “bolha” presente em algumas zonas por fricção do calçado deve ser “seca” com álcool.
FALSO. As boas práticas recomendam o alívio da pressão da zona afetada e aplicação de um penso adequado como os de película de poliuretano.
7. As feridas devem ser tratadas com antibióticos tópicos ou sistémicos
FALSO. Esta prática levanta problemas com futuras resistências aos antibióticos. Estes são apenas indicados quando há sinais de infeção profunda e sistémica.